«(...) Defendo que uma "aula de substituição" deve ser tudo menos uma aula formal, com matéria, fichas e exercícios, antes deve proporcionar um ENCONTRO ORGANIZADO e LIVRE entre um grupo de jovens e um adulto disponível: haverá alguma coisa mais importante do que isso, no contexto de uma escola?
Meu caro professor se vai dar uma aula dessas, comece por falar de si: o seu nome completo, o que faz, como é a sua família, do que gosta ou não gosta (animais, clubes, tempos livres, aspirações pessoais...). Depois ouça os alunos de forma organizada, diga uma graça adequada para quebrar o gelo inicial, esteja atento aos temas que eles enunciam) de forma tímida. Nunca deixe que se atropelem ou desorganizem a conversa! Se encontrar um silêncio persistente, fale da televisão, discuta uma notícia de jornal, traga um tema da escola para discussão participada.»
É muito gratificante conversar e estar com os alunos. O professor, independentemente da disciplina que lecciona, tem o dever de promover a formação integral do aluno. Muitos dos nossos estudantes lêem mal, escrevem mal, lidam mal com os números, não conseguem dar uma opinião fundamentada sobre temas que os envolvem e não têm vontade de aprender a aprender. Às vezes pensam, que só querem ter uma formação especializada em determinada área, mas esquecem-se que isso não os desliga do mundo em que estão inseridos. E que mais cedo ou mais tarde, o mundo os interpela e exige a sua participação, seja ela muito ou pouco informada.
Meu caro professor se vai dar uma aula dessas, comece por falar de si: o seu nome completo, o que faz, como é a sua família, do que gosta ou não gosta (animais, clubes, tempos livres, aspirações pessoais...). Depois ouça os alunos de forma organizada, diga uma graça adequada para quebrar o gelo inicial, esteja atento aos temas que eles enunciam) de forma tímida. Nunca deixe que se atropelem ou desorganizem a conversa! Se encontrar um silêncio persistente, fale da televisão, discuta uma notícia de jornal, traga um tema da escola para discussão participada.»
É muito gratificante conversar e estar com os alunos. O professor, independentemente da disciplina que lecciona, tem o dever de promover a formação integral do aluno. Muitos dos nossos estudantes lêem mal, escrevem mal, lidam mal com os números, não conseguem dar uma opinião fundamentada sobre temas que os envolvem e não têm vontade de aprender a aprender. Às vezes pensam, que só querem ter uma formação especializada em determinada área, mas esquecem-se que isso não os desliga do mundo em que estão inseridos. E que mais cedo ou mais tarde, o mundo os interpela e exige a sua participação, seja ela muito ou pouco informada.
3 comentários:
Não podia estar mais de acordo.
Uma boa conversa pode abrir muitos horizontes.
Tipo... isso é tudo muito bonito! Mas eu que sou aluna, e já tive aulas de substituição e sei que é uma verdadeira SECA! :) Ainda hoje fiz greve e manifestei-me contra isso... Nessas aulas os professores chegam lá frustrados por ainda terem de aturar os alunos dos OUTROS e já nem têm paciência para UMA CONVERSA decente de príncipio a fim...Essas aulas são 90 ou 45 minutos INTERMINÁVEIS quer para os professores quer para os alunos...
Eu nessas aulas apenas digo aos professores que é uma injustiça, tiram-nos a alegria, felicidade de ter um "FURO" e isso, podem crer, que é muito mau.
Mais os professores são gozados do piorio e "insultados" por irem para ali dar "aquelas" aulas e os alunos ainda têm de os ouvir... Não aprendemos nada nessas aulas! E fala a voz da expriência, porque eu JÁ EXPERIMENTEI! E não vou dizer mais nada porque "não sou ninguém" para vos CONTRARIAR... Tenho apenas 13 anos!
Ensinar não têm que implicar a satisfação de todos os desejos e impulsos dos alunos. A aula é um espaço de aprendizagem.
O facto de gozarem e insultarem os professores nada tem a ver com as aulas de subsituição. Essa atitude quanto muito revela, por um lado, falta de educação e respeito para com o professor e, por outro lado revela, também, falta de vontade e disponibilidade para aprender.
Quando entrarem no mercado de trabalho e começarem a competir com jovens mais bem preparados e ficarem para trás, e nem é preciso ir lá fora, basta comparar com jovens saídos de algumas escolas privadas, depois culpem o Estado!
Isto de ser cidadão não é só exigir direitos. Os direitos vêm depois dos deveres.
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