À Boleia Pela Galáxia (The Hitchhiker's Guide To The Galaxy) de Douglas Adams (1952-2001) foi publicado originalmente, em Inglaterra, em 1979.
Assim que abrimos o livro deparamo-nos com a frase: NÃO ENTRE EM PÂNICO. É um óptimo conselho para a alucinante, bem humorada e surreal viagem, onde o improvável é uma constante.
À Boleia Pela Galáxia começa com Arthur Dent confrontado com a demolição da sua casa para a construção de uma via rápida. Entretanto, o seu amigo Ford Prefect, alienígena disfarçado de actor, depois de obrigar Arthur a beber umas cervejas (que servirão de relaxante muscular), salva-o da destruição da Terra. O Planeta Terra é destruído para dar lugar a uma auto-estrada intergaláctica.
Neste universo, descobrimos que qualquer viajante que se preze deve ter "O Guia da Galáxia Para Quem anda à Boleia". Obviamente, a edição em "formato de microcomponente electrónico submétrico", pois se fosse impresso como um livro normal, os viajantes "precisariam de vários edifícios incovenientemente grandes para o transportar consigo".
Uma toalha de banho, da Marks & Spencer, é outro dos objectos extremamente úteis para quem viaja à boleia. Muito prática pois serve: - para o viajante se enrolar se tiver frio; para se deitar; como cobertor no planeta deserto de Kakrafoon; para velejar numa pequena jangada; para a luta corpo a corpo se estiver molhada; serve também para enrolar em volta da cabeça como protecção de fumos nocivos; para evitar o olhar da besta voraz; para acenar como sinal de aflição e por fim, se ainda estiver limpa, o viajante pode usá-la para se limpar. Para além disto tudo, a toalha tem um importante valor psicológico. Um viajante que sabe sempre onde está a sua toalha é um homem de respeito.
Ford Prefect e Arthur, momentos antes da destruição da Terra, apanham boleia numa nave vogon. Os vogons são "mal-humorados, burocráticos, inoportunos e insensíveis" e têm a terceira pior poesia de todo o Universo. A segunda é a dos Azgoths de Kria. A pior poesia do universo morreu com a destruição do planeta Terra. A sua autora era Paula Nancy Millstone Jennings, de Greenbridge, Essex, Inglaterra.
Expulsos da nave Vogon, Ford e Arthur são lançados ao espaço e apanhados pela nave "Coração de Ouro", onde viaja o Presidente da Galáxia. O Presidente da Galáxia é Zaphod Beeblebrox, aventureiro, ex-hippie, boémio e oportunista. Tem duas cabeças e três braços. Na nave viaja também, Trillian e Marvin.
Trillian é Tricia MacMillan, terrestre, com uma licenciatura em matemática e astrofísica, que preferiu apanhar uma boleia a ir para as filas do centro de emprego. Conheceu Arthur numa festa, mas foi Zaphod quem a conquistou. Trillian tem, como seus únicos elos de ligação à Terra, dois ratos brancos fechados numa gaiola. Numa aparente sequência de coincidências, que mais tarde se irão compreender (ao mais ínfimo e intoxicante pormenor), irão todos em busca do "Santo Graal" mais conhecido pelo número 42!? Vale a pena acompanhar esta estranha e improvável viagem em conjunto.
Uma história interessante que, à boa maneira da ficção científica, levanta vários assuntos existenciais e filosóficos, tais como a aniquilação/redução de uma espécie a um indivíduo (ou a dois) e a subjugação da nossa espécie a outra(s). Qual a nossa origem? Qual o nosso papel? O que fazemos aqui? Para onde vamos? Não existirão outras espécies tão ou mais inteligentes que a nossa? Como gerimos os nossos recursos? Somos donos e senhores do mundo, até quando? E Deus?
Esta obra permite-nos questionar a visão demasiado antropológica da natureza (e do universo) que todos temos. Enfim, uma série de assuntos interessantes, polvilhados com muito humor "nonsense" - exagerado em alguns registos - mas de leitura acessível e viciante até à última página. Falta-nos agora, a respectiva confrontação com o filme. A adaptação ao cinema de uma história com estas características, deixa-nos deveras na expectativa.
Esperamos voltar em breve a este assunto ... até lá boas leituras ... e ...
Assim que abrimos o livro deparamo-nos com a frase: NÃO ENTRE EM PÂNICO. É um óptimo conselho para a alucinante, bem humorada e surreal viagem, onde o improvável é uma constante.
À Boleia Pela Galáxia começa com Arthur Dent confrontado com a demolição da sua casa para a construção de uma via rápida. Entretanto, o seu amigo Ford Prefect, alienígena disfarçado de actor, depois de obrigar Arthur a beber umas cervejas (que servirão de relaxante muscular), salva-o da destruição da Terra. O Planeta Terra é destruído para dar lugar a uma auto-estrada intergaláctica.
Neste universo, descobrimos que qualquer viajante que se preze deve ter "O Guia da Galáxia Para Quem anda à Boleia". Obviamente, a edição em "formato de microcomponente electrónico submétrico", pois se fosse impresso como um livro normal, os viajantes "precisariam de vários edifícios incovenientemente grandes para o transportar consigo".
Uma toalha de banho, da Marks & Spencer, é outro dos objectos extremamente úteis para quem viaja à boleia. Muito prática pois serve: - para o viajante se enrolar se tiver frio; para se deitar; como cobertor no planeta deserto de Kakrafoon; para velejar numa pequena jangada; para a luta corpo a corpo se estiver molhada; serve também para enrolar em volta da cabeça como protecção de fumos nocivos; para evitar o olhar da besta voraz; para acenar como sinal de aflição e por fim, se ainda estiver limpa, o viajante pode usá-la para se limpar. Para além disto tudo, a toalha tem um importante valor psicológico. Um viajante que sabe sempre onde está a sua toalha é um homem de respeito.
Ford Prefect e Arthur, momentos antes da destruição da Terra, apanham boleia numa nave vogon. Os vogons são "mal-humorados, burocráticos, inoportunos e insensíveis" e têm a terceira pior poesia de todo o Universo. A segunda é a dos Azgoths de Kria. A pior poesia do universo morreu com a destruição do planeta Terra. A sua autora era Paula Nancy Millstone Jennings, de Greenbridge, Essex, Inglaterra.
Expulsos da nave Vogon, Ford e Arthur são lançados ao espaço e apanhados pela nave "Coração de Ouro", onde viaja o Presidente da Galáxia. O Presidente da Galáxia é Zaphod Beeblebrox, aventureiro, ex-hippie, boémio e oportunista. Tem duas cabeças e três braços. Na nave viaja também, Trillian e Marvin.
Trillian é Tricia MacMillan, terrestre, com uma licenciatura em matemática e astrofísica, que preferiu apanhar uma boleia a ir para as filas do centro de emprego. Conheceu Arthur numa festa, mas foi Zaphod quem a conquistou. Trillian tem, como seus únicos elos de ligação à Terra, dois ratos brancos fechados numa gaiola. Numa aparente sequência de coincidências, que mais tarde se irão compreender (ao mais ínfimo e intoxicante pormenor), irão todos em busca do "Santo Graal" mais conhecido pelo número 42!? Vale a pena acompanhar esta estranha e improvável viagem em conjunto.
Uma história interessante que, à boa maneira da ficção científica, levanta vários assuntos existenciais e filosóficos, tais como a aniquilação/redução de uma espécie a um indivíduo (ou a dois) e a subjugação da nossa espécie a outra(s). Qual a nossa origem? Qual o nosso papel? O que fazemos aqui? Para onde vamos? Não existirão outras espécies tão ou mais inteligentes que a nossa? Como gerimos os nossos recursos? Somos donos e senhores do mundo, até quando? E Deus?
Esta obra permite-nos questionar a visão demasiado antropológica da natureza (e do universo) que todos temos. Enfim, uma série de assuntos interessantes, polvilhados com muito humor "nonsense" - exagerado em alguns registos - mas de leitura acessível e viciante até à última página. Falta-nos agora, a respectiva confrontação com o filme. A adaptação ao cinema de uma história com estas características, deixa-nos deveras na expectativa.
Esperamos voltar em breve a este assunto ... até lá boas leituras ... e ...
4 comentários:
O livro é excelente... mas o filme é péssimo.
Nem vale a pena gastar dinheiro no bilhete.
Parabéns pelo blog.
Um abraço amigo,
Nuno Guerreiro
Obrigado pelo aviso, mas pela parte que me toca, este é daqueles filmes que é mesmo para ver, nem que seja para dizer mal! ;)
Estou curioso em ver como foi feita a adaptação cinematográfica em dois ou três pormenores da história ...
Epá estamos com saudades vossas deixem lá de vagear pela galáxia e aterrem!
Obrigado Nuno Guerreiro pelo seu comentário.
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