Acabei de Ler O Último Cabalista de Lisboa de Richard Zimler, publicado pela Quetzal Editores. Era um livro que quando saiu, em 1996, fiquei de ler.
Resumidamente, a história passa-se em 1506, sob o reinado de D. Manuel I, durante as celebrações da Páscoa, quando cerca de dois mil cristãos novos são espancados e atirados às fogueiras no Rossio. Abraão Zarco, mestre cabalista e iluminador aparece morto, com a garganta cortada por um shohet, junto de uma jovem rapariga. O livro transporta-nos pela cidade de Lisboa, através das investigações de Berequias Zarco, sobrinho de mestre Abraão. Berequias é ajudado, nas investigações da morte do seu tio, pelo amigo Farid. O livro para além de nos apresentar um glossário dos termos utilizados em hebraico, descreve-nos de forma intensa as perseguições e as torturas de que os judeus foram alvo.
Neste livro realço a perseguição em massa feita aos cristãos novos, a indiferença das autoridades e a conivência da população. Muitos dos cristão novos foram perseguidos porque foram denunciados por pessoas próximas, vizinhos ou amigos. Que interesse ou que ódio move alguém a denunciar uma pessoa com quem se estabelece laços de amizade, com quem se conviveu? Como é que nos deixamos de respeitar enquanto seres humanos? Como é que nos deixamos cegar por factores religiosos ou económicos? É essa a nossa natureza?! Infelizmente outros acontecimentos históricos têm confirmado esta realidade.
Resumidamente, a história passa-se em 1506, sob o reinado de D. Manuel I, durante as celebrações da Páscoa, quando cerca de dois mil cristãos novos são espancados e atirados às fogueiras no Rossio. Abraão Zarco, mestre cabalista e iluminador aparece morto, com a garganta cortada por um shohet, junto de uma jovem rapariga. O livro transporta-nos pela cidade de Lisboa, através das investigações de Berequias Zarco, sobrinho de mestre Abraão. Berequias é ajudado, nas investigações da morte do seu tio, pelo amigo Farid. O livro para além de nos apresentar um glossário dos termos utilizados em hebraico, descreve-nos de forma intensa as perseguições e as torturas de que os judeus foram alvo.
Neste livro realço a perseguição em massa feita aos cristãos novos, a indiferença das autoridades e a conivência da população. Muitos dos cristão novos foram perseguidos porque foram denunciados por pessoas próximas, vizinhos ou amigos. Que interesse ou que ódio move alguém a denunciar uma pessoa com quem se estabelece laços de amizade, com quem se conviveu? Como é que nos deixamos de respeitar enquanto seres humanos? Como é que nos deixamos cegar por factores religiosos ou económicos? É essa a nossa natureza?! Infelizmente outros acontecimentos históricos têm confirmado esta realidade.
2 comentários:
Ah. Ainda não li, aliás, ainda não li nenhum Zimler, mas faz parte dos meus planos, ainda que adiados por razões profissionais agravadas...
Mas em termos subjectivos que achaste do livro? Agradou-te a escrita, o ambiente que cria?
No romance, as investigações de Berequias Zarco para encontrar o assassíno do tio, na minha opinião foi a chama que o autor encontrou para nos contar o que aconteceu, em 1506 aos cristãos novos em Portugal. A escrita transporta-nos para uma Lisboa, dominada pela cristandande, muitos sinais de pobreza e em que a vida de um cristão novo não tinha o menor valor.
Para mim, o livro destaca-se não tanto pela trama que o autor construiu e que leva Berequias a encontrar o assassino, mas os meandros que movem os interesses de judeus e cristãos.
O livro lê-se bem, entusiasma e penso que o autor consegue transportar-nos para uma suposta realidade histórica.
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