Ao contemplar esta obra, o nosso olhar dirige-se para o interior do bar cheio de luz. As personagens despertam-nos um conjunto de dúvidas.
O quadro assemelha-se a uma cena de um filme, talvez de Bogart, ou talvez não. Parece que houve um corte e que a seguir a cena vai continuar ...
Vazio. Solidão. Aquelas personagens partilham o mesmo espaço e ao mesmo tempo estão sós. Não percebemos quem são. Parece que o Barman acabou de disser qualquer coisa, há um cruzar de olhares com o homem que está ao lado da senhora. Serão eles um casal? Ou uma conquista ocasional na noite? Parece que as mãos deles quase que se tocam. Acabarão por sair do bar juntos? Mas ao mesmo tempo, sentimos que estão à espera. Mas de quê? De quem? Porquê?
A mulher aparenta um desinteresse total com o que se está a passar à sua volta, o olhar está em algo que tem na mão. Há uma simulação de movimento. Enquanto que o homem tem um rosto frio, inexpressivo.
O Barman também simula movimento. Estará a preparar uma bebida? A lavar um copo? Curiosamente, nunca iremos saber.
Sentimos uma frieza, um vazio que que nos é dado pelos bancos do bar sem ninguém, a fachada de vidro, as janelas sem pessoas e a rua deserta. A loja despida, sem nada na montra, apenas percebemos que tem uma caixa registadora. Se, por um mero acaso, ali estivéssemos a andar, quase de certeza que ouviamos o barulho dos nossos passos ...
O quadro assemelha-se a uma cena de um filme, talvez de Bogart, ou talvez não. Parece que houve um corte e que a seguir a cena vai continuar ...
Vazio. Solidão. Aquelas personagens partilham o mesmo espaço e ao mesmo tempo estão sós. Não percebemos quem são. Parece que o Barman acabou de disser qualquer coisa, há um cruzar de olhares com o homem que está ao lado da senhora. Serão eles um casal? Ou uma conquista ocasional na noite? Parece que as mãos deles quase que se tocam. Acabarão por sair do bar juntos? Mas ao mesmo tempo, sentimos que estão à espera. Mas de quê? De quem? Porquê?
A mulher aparenta um desinteresse total com o que se está a passar à sua volta, o olhar está em algo que tem na mão. Há uma simulação de movimento. Enquanto que o homem tem um rosto frio, inexpressivo.
O Barman também simula movimento. Estará a preparar uma bebida? A lavar um copo? Curiosamente, nunca iremos saber.
Sentimos uma frieza, um vazio que que nos é dado pelos bancos do bar sem ninguém, a fachada de vidro, as janelas sem pessoas e a rua deserta. A loja despida, sem nada na montra, apenas percebemos que tem uma caixa registadora. Se, por um mero acaso, ali estivéssemos a andar, quase de certeza que ouviamos o barulho dos nossos passos ...
4 comentários:
Definitivamente é uma cena do cinema americano. Gostei!
Descobri a pintura de Hopper à cerca de dois anos, é singular, porque retrata os jogos de luz como ninguém havia feito até aqui.
Gosto muito do trabalho de Hopper.
Descobri-o agora, acho-o triste quase deprimente, quase todos as pinturas que vi dele estão representados um casal com ar infeliz ou abandonado... O que gosto é das cenas cinematográficas que ele faz na tela, até a luz é feita como a luz do estúdio. Este que a Laranja com Canela apresente foi baseado numa novela de Hemingway chamada Assassinos.
Sim, e o conto já foi traduzido para português. Por curiosidade, refiro que já foi adaptado ao cinema.
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