«Um espelho é muitas vezes acessório de sonho.
Um lavrador chinês foi à cidade vender o seu arroz. A mulher pediu-lhe:
- Se fazes favor, traz-me um pente.
Na cidade vendeu o seu arroz e foi beber com amigos. No momento de partir, lembrou-se da mulher. Tinha-lhe pedido qualquer coisa, mas o quê? Impossível recordar-se. Comprou um espelho numa loja para senhoras e voltou para a aldeia.
Deu o espelho à mulher e saiu de casa para ir para o campo. A mulher viu-se ao espelho e pôs-se a chorar. A sua mãe, que a viu chorar, perguntou-lhe a razão daquelas lágrimas.
A mulher estendeu-lhe o espelho, dizendo:
- O meu marido reduziu-me a Segunda Esposa.
A mãe pegou por sua vez no espelho, olhou-o e disse à filha:
- Não tens que te inquietar, ela é já muito velha.»
Jean-Claude Carrière, Tertúlia de Mentirosos, Contos Filosóficos do Mundo Inteiro, Teorema, 1999, p. 72 e 73.
Um lavrador chinês foi à cidade vender o seu arroz. A mulher pediu-lhe:
- Se fazes favor, traz-me um pente.
Na cidade vendeu o seu arroz e foi beber com amigos. No momento de partir, lembrou-se da mulher. Tinha-lhe pedido qualquer coisa, mas o quê? Impossível recordar-se. Comprou um espelho numa loja para senhoras e voltou para a aldeia.
Deu o espelho à mulher e saiu de casa para ir para o campo. A mulher viu-se ao espelho e pôs-se a chorar. A sua mãe, que a viu chorar, perguntou-lhe a razão daquelas lágrimas.
A mulher estendeu-lhe o espelho, dizendo:
- O meu marido reduziu-me a Segunda Esposa.
A mãe pegou por sua vez no espelho, olhou-o e disse à filha:
- Não tens que te inquietar, ela é já muito velha.»
Jean-Claude Carrière, Tertúlia de Mentirosos, Contos Filosóficos do Mundo Inteiro, Teorema, 1999, p. 72 e 73.
1 comentário:
Gostei bastente do texto.
Além do mais acho q faz algum sentido. Penso q este texto seja mais do que um texto q possa ter alguma piada.
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