14 junho 2007

Junho é o mês ...

... em que supostamente deveria fazer calor. Em que os dias já cheiram a férias! Mas nada. Que porra de Tempo!!!

Olho pela janela e vejo um dia cinzento, com chuva. Nem me apetece ir a pé para o trabalho. Irra, que ainda apanho uma molha! Em Junho !!!

Que venha o tempo quente. A praia. As sardinhas assadas e os gelados. A roupa fresca e os saldos.

13 junho 2007

Viva o Santo António ...

Ontem fui comemorar o Santo António. Depois de um passeio pela zona da Baixa e Santa Catarina, ainda acabei por ver a parte final do desfile das Marchas Populares na Avenida da Liberdade. Aqui fica uma breve reportagem fotográfica:

O que estou a ler ...

«Uma criança desaparece. Estava à guarda do pai. O choque da notícia atira a mãe para um abismo de amnésia. Sem memória, é incapaz de chorar um filho que não sabe que tem. Como podemos continuar a viver se caminhamos vazios. E há um homem que arranja uma amante enquanto visita a mulher no hospital. Ladrões que roubam cinzas de uma morta. Há as maldades desumanas do amor, um sopro pérfido que o diabo sussurra aos ouvidos. Em fundo, a irracional violência do divórcio. A bestialidade das palavras que atiramos uns aos outros como pedras. Uma mulher que espera ainda e sempre, à janela. Porque o coração é um bicho e não ouve. E uma pergunta a que não se ousa responder: Para onde vão os amores que foram um dia?»

O que tenho lido ...

O escritor José Luís Peixoto no último encontro promovido pelo À Volta das Letras sugeriu, para leitura no mês de Maio, a obra de Manuel da Silva Ramos O Sol da Meia Noite. Confesso que desconhecia o escritor e não fazia a mínima ideia que tipo de livros teria escrito, mas fiquei com a sensação que o autor nos dava a conhecer muitas das suas loucas aventuras amorosas. Nesse mesmo dia comprei o livro.

O livro está dividido em duas parte: O Sol da Meia Noite e Contos do Bem-Aventurado Errante. Na primeira parte acompanhamos a paixão do narrador com a nórdica e estravagante Lisabeth pela cidade de Lisboa, na segunda parte, o autor presenteia-nos com um conjunto de contos que nos dão a conhecer algumas das suas aventuras amorosas e sexuais.

O Sol da Meia Noite
é um livro de boémia e loucura, com sentido de humor (eu pelo menos achei!), intenso, onde o autor deixa transparecer, na minha opinião, algum amargo de boca em relação a Portugal. Através da primeira parte senti, também, que se faz uma viagem de ócio e de prazeres por uma certa Lisboa noctívaga, desde a Graça, Costa do Castelo, Praça da Figueira, Rossio, Chile, Bairro Alto, pelas tascas e pensões baratas. É um livro com muito álcool, sexo e solidão.

O que tenho lido ...

Cemitério de Pianos foi o primeiro livro de José Luís Peixoto que li. Há uns anos recebi como presente de Natal Uma Casa na Escuridão, mas acabei por dar prioridade a outras leituras e o livro tem ficado arrumado na estante.

Cemitério de Pianos é um livro com uma escrita deliciosa, com ritmo e sem palavras difíceis. É a história de uma família muito mais complicada do que inicialmente parece. Temos dois narradores: o pai e o filho, que vão contando as suas vidas e da sua família.

A vida, a morte, traição, dúvidas, esperança e um cemitério de pianos por onde todos passam e que esconde um pouco de cada um, são os ingredientes que nos prendem na leitura deste romance.

Adorei. Fiquei com vontade de ler mais deste magnífico e simpático escritor.